O Supremo Arquiteto e a Sinfonia Cósmica da Criação

O Supremo Arquiteto e a Sinfonia Cósmica da Criação

Deus transcende o tempo, o espaço e os limites da lógica humana. O absoluto habita fora das dimensões conhecidas, sendo a fonte de todas as fontes, a substância primordial incriada, o não-nascido e pai de todos os nascidos.

A palavra “Deus” é apenas uma tentativa desesperada da humanidade de nomear o inqualificável, aquele que não tem começo nem fim. Ele é o meio, sustentando a existência com sua presença imutável e eterna.

Como Supremo Arquiteto de todos os universos possíveis e inimagináveis, sua mente contém a totalidade de todas as possibilidades, mas nossa pequenez sequer nos permite vislumbrar uma fração dessa grandeza.

A cada batida do tempo, a cada respiro do espaço, Ele cria, duplica e triplica realidades que se estendem além da percepção humana.

A fonte criadora universal não apenas idealizou todos os sistemas e leis que regem o funcionamento do cosmos, mas também administra sua ordem e harmonia, moldando a criação e sustentando seu progresso.

A tríplice manifestação da divindade—o criador, o administrador e o modelador—são expressões da mesma substância, agindo de formas diferentes para manter o equilíbrio universal.

Nós, filhos do espaço-tempo, temos dificuldade em compreender a mecânica do Todo. A vibração divina se materializa em formas que nos são acessíveis, mas sua real natureza permanece velada.

A expressão “Pai” é a mais próxima que conseguimos chegar de uma compreensão do princípio engendrador, ainda que insuficiente para qualificar o Inqualificável.

O panteísmo oferece um vislumbre da ação e magnitude do Grande Pai: tudo o que existe é uma manifestação Dele. Ele está em tudo e em todos, e, sendo suas criaturas, também somos seus co-criadores na contínua evolução do universo.

Assim, a criação nunca cessa, pois o Criador dos criadores, através de suas próprias obras, perpetua o ciclo da existência.

O Universo e suas Realidades Múltiplas

O grande sistema cósmico se desdobra em camadas de complexidade. No centro de tudo está o Universo Central Perfeito, ao redor do qual orbitam os Sete Superuniversos, cada qual refletindo aspectos distintos da criação divina.

Dentro dessa estrutura, Deus e seus coligados operam, sustentando a ordem e a evolução.

No sistema de Nébadon, a soberania de Michael—aquele que conhecemos como Jesus—é suprema, pois ele incorpora simultaneamente a perspectiva da Deidade do Paraíso e das criaturas do tempo e do espaço.

A Trindade manifesta-se na diferenciação entre o Pai Primordial e o Filho Eterno: enquanto o Pai é a fonte incausada, o Filho experiencia a condição da filiação, compreendendo o significado de ser filho.

Dessa relação brota a misericórdia, a aplicação do amor divino, que se inicia no Pai e se concretiza no Filho.

A criação não é um ato único e estático, mas um processo contínuo. O Pai Primordial fragmenta-se para formar novos criadores, perpetuando sua obra através dos tempos e das eras.

Assim, a evolução dos universos segue ininterrupta, revelando aos poucos a vastidão da mente divina.

A Revelação do Segredo e a Música Celeste

Tudo o que experienciamos já foi experienciado pelo Grande Experienciador. Nossa compreensão surge das experiências vividas, mas sempre buscamos entender aquilo que ainda não experienciamos.

O Todo é a soma de todas as experiências possíveis, e é por isso que Ele tem o poder de criar e delegar a criação aos seus co-criadores.

As religiões, em seus aspectos positivos, tentam abordar os três pilares da verdade divina: Beleza, Bondade e Verdade.

Quando despidas dos mecanismos de controle e dogmas impostos, elas revelam sua real missão: transmitir fragmentos da sabedoria eterna.

Como diferentes partituras de uma mesma sinfonia, elas fornecem os fundamentos para que cada um componha sua própria música espiritual.

A Respiração do Universo e a Dança da Criação

O universo se expande e se contrai como se respirasse. Nosso próprio movimento respiratório pode ser uma representação microcósmica desse macrocosmo pulsante.

Como a hora do nascimento, a expansão e a contração do cosmos seguem um ritmo cósmico, um fluxo de energia que nos conecta ao princípio criador.

Os Sete Superuniversos giram em sentido anti-horário ao redor do Paraíso, refletindo um padrão cósmico que se repete em diferentes escalas da realidade.

O que parece infinito para nossa mente limitada pode, na verdade, ser apenas uma ilusão, uma vez que o Todo ainda não revelou o verdadeiro limite da totalidade.

A criação se expande conforme o Criador determina, e o universo segue crescendo, moldado pela vontade divina.

O que hoje é incompreensível para nossa tecnologia e ciência, um dia será apenas um pequeno vislumbre do que ainda está por ser revelado.

O que outrora era inimaginável se tornará tangível, e a jornada da descoberta continuará, impulsionada pela busca incessante do homem pela verdade suprema.

Ao compreendermos os ciclos de contração e expansão do universo, percebemos que nossa própria respiração pode conter uma chave simbólica para o entendimento do divino.

Inspiramos e expiramos, refletindo, em nossa existência finita, o ritmo do Infinito.

E assim, no grandioso teatro cósmico, seguimos aprendendo a ouvir a música celestial, a ler as partituras da existência e a participar ativamente da criação.

  • Pois somos filhos do tempo e do espaço, mas, em nossa essência mais profunda, carregamos o sopro do Eterno.

Artigo: Irmão Barbosa.


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O que é o Tolerâncialismo?

O que é o Tolerâncialismo Movimento filosófico que propõe a união de religiosos e irreligiosos, a partir da amizade entre as pessoas, tendo a religião e a irreligião como algo secundário. A investigação nos vales das religiões, filosofia e ciências deve ser a busca de todo tolerancialista. Primeiramente, deve ser celebrada a amizade entre as … Continue lendo O que é o Tolerâncialismo?