O Arquétipo é Eterno: Uma Visão Junguiana e Espiritual
O arquétipo transcende o tempo e o espaço, existindo como uma matriz primordial que molda a psique humana desde tempos imemoriais.
Ele não tem início, meio ou fim, pois habita o inconsciente coletivo, sendo uma expressão perene da própria estrutura da realidade, aliando-se aos elementos de cada regionalidade.
Jung nos ensina que os arquétipos são padrões universais que emergem nas mitologias, religiões e sonhos. Eles se revelam como símbolos eternos que orientam a jornada da alma, manifestando-se em diferentes culturas e períodos históricos.
Assim como Platão vislumbrou as Ideias como essências imutáveis no mundo inteligível, os arquétipos são formas ancestrais que dão significado à existência.
Eles sempre se manifestam, independentemente da época ou da cultura, moldando a percepção humana da realidade.
Sob uma ótica religiosa, o arquétipo é o verbo divino que se manifesta na psique, sendo o elo entre o humano e o sagrado. Ele não pertence ao tempo linear, mas ao eterno retorno, onde as mesmas imagens arquetípicas ressoam em diferentes eras, como ecos da alma universal.
Na experiência mística, encontramos o arquétipo como revelação, um símbolo vivo que conduz à iluminação. Ele é o herói que ressurge, o sábio que instrui, a mãe cósmica que nutre e o renascimento que se perpetua.
Não há começo, pois sempre existiu; não há fim, pois sempre se renovará. A eternidade do arquétipo é uma necessidade da mente humana.
O arquétipo é eterno porque é a linguagem do inconsciente profundo, um reflexo da própria estrutura do Ser. Ele é a chama que nunca se apaga, o espelho onde a humanidade contempla sua essência imortal. Para os mortais, a única coisa imortal é a imortalidade do arquétipo.
Artigo: Irmão Barbosa.
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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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