O Primeiro Passo e o Último, são o mesmo.
Você jamais teria chegado onde você chegou, independentemente de onde você esteja, se não fosse o primeiro passo. O primeiro passo e o último são o mesmo passo.
Assim como você do início, será o mesmo do final referente à sua essência. Todos mudamos nos aprendizados e experiências de vida, mas nossa essência segue inalterada, desde o primeiro choro ao nascermos até o último choro da despedida. Seu primeiro passo lhe projetou do início de sua carreira.
O último passo, por sua vez, não é o fim em si, mas o retorno ao princípio. É um ciclo que se fecha, onde o ponto de partida e o ponto de chegada se confundem. Assim, o primeiro e o último passo são como dois lados de uma mesma moeda, inseparáveis e complementares, unidos por uma linha tênue quase invisível chamada trajetória.
A essência humana, por mais que seja moldada pelos ventos de eventuais circunstâncias, mantém sua raiz do primeiro passo imutável, como um tronco sólido em meio à tempestade dos últimos passos de nossa existência. Somos, em essência, um eterno retorno de nós mesmos, revivendo o mesmo ato fundamental de querer ser, de querer fazer, de querer transcender.
Quando olhamos para trás, não é o fim que vemos, mas o princípio que renasce continuamente em cada movimento, em cada escolha. Talvez, a verdade esteja na afirmação de Heráclito: “Tudo flui” – mas o que flui não é a essência, e sim a manifestação dela no tempo. O primeiro passo é, então, uma constante reiteração do último, um lembrete de que caminhar é, acima de tudo, reafirmar a própria tentativa de permanência em cada batida do coração.
Mas sempre voltando ao começo, o primeiro passo sempre será revisitado. Os troféus de guerra de nossa existência, memórias dos primeiros passos de nossas batalhas, já nos passos finais de nossa caminhada, apenas mostram e confirmam uma coisa: o primeiro passo e o último são o mesmo passo.
Artigo: Irmão Barbosa.
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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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