O amor sem lealdade é apenas um sentimento barato
O amor, sentimento tão presente na fala de poetas e filósofos, tão exaltado em livros sagrados de diversas religiões. Alguns dizem ser o sentimento mais sublime de todos.
Tenho um entendimento diferente, penso que o amor sem lealdade é apenas um sentimento barato.
Toda escolha é precedida de uma perda, quando escolhemos algo ou alguém, automaticamente abrimos mão de uma próxima possibilidade. A lealdade é o complemento maior para que o amor seja o mais sublime dos sentimentos.
Ao escolher uma estrela no céu, abrimos mão de todas as outras estrelas do universo. Pois a ilusão de ter todas as estrelas é a mentira que o nosso ego nos conta.
Prazeres temporários, que não se sustentam ao longo da rotina de uma vida comum. De que adianta ter todas as flores e não poder ter uma para chamar de sua?
Desfrutar de noites luxuriosas, e depois voltar só para casa? Ter contato com as mais formosas orquídeas e saber que estão disponíveis para qualquer um?
Esse entendimento serve apenas para mim, quem quiser que o pegue emprestado. A lealdade é o mais sublime de todos os sentimentos, tão poderoso que, aliada ao amor, o torna a maior das bênçãos destinadas a um ser humano.
O amor, quando incluso de lealdade, faz com que o ser abra mão de todas as suas possibilidades e escolhas para prestar um matrimônio perfeito com aquele que vive ao seu lado.
O mundo lá fora, te oferecerá pessoas lindas, maravilhosas, todo tipo de oferta que aparentemente seria melhor do que sua opção atual. Mas só a lealdade ao bem-amado ou à bem-amada torna o amor um sentimento nobre e magnífico.
Sem a lealdade, o amor vira bagunça. É apenas um sentimento parecido com a amizade: você quer ser amigo de todos, se divertir com qualquer um, na falsa expectativa de que isso lhe trará felicidade. Apenas uma afinidade temporária, fadada ao término e à frustração de falsas expectativas.
O amor, junto com a lealdade, abre mão de seus próprios interesses em prol da pessoa amada. A alegria do outro é a alegria daquele que ama com lealdade. A dor também se manifesta do mesmo jeito — e talvez doa mais em quem vê o ser amado sofrendo.
O amor supremo é impossível sem a lealdade das duas partes, pois um complementará o outro de modo que a supremacia desse sentimento jamais poderá se manifestar sem que haja lealdade e amor mútuos.
Se o homem ama e é leal, e a mulher não, faltará a metade que torna o amor supremo. Se a mulher ama e é leal, e o homem não, faltará a metade — e a completude jamais chegará ao ápice.
O amor sem a lealdade é apenas um sentimento como qualquer outro. Nada de tão especial. Ao último estágio do verdadeiro e real amor, é indispensável a lealdade, para que ele seja o mais nobre dos sentimentos.
Artigo: Irmão Barbosa
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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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