Entre o conforto do sofá, e o perigo da rua.
É um assunto que parece ser de pouca importância, mas revela um grande dilema filosófico vivido por muitas pessoas no dia a dia da normalidade de suas vidas.
A meta de muitos é ter um final de semana tranquilo, de paz e descanso em seu lar. Um luxo reservado para poucos, mas que, quando alcançado, entra em confronto com uma linha de pensamento oposta, que é: ao estar deitado no sofá descansando, a pessoa percebe a vida passando vagarosamente.
Nesse exato momento o homem que estava lá tendo o seu merecido descanso, quer abandonar esse tão raro instante para ir à rua na intenção de viver uma experiência que ainda não viveu, ou simplesmente colocar seu corpo em movimento nos perigos da rua.
Quando assim o faz, no começo é até interessante ir a algum lugar que nunca tenha conhecido, ou mesmo fazer uma viagem de 200, 400 ou 500 km. Porém, no meio desse processo, ele pensará: “Que raios de descanso é esse? Estou no volante por horas, minhas costas doem, meu corpo está todo travado. O bom mesmo era estar sem fazer nada no meu sofá.”
Definitivamente nós não sabemos o que realmente queremos. A tranquilidade do sofá só é ideal quando não nos é possível tê-la; já as novidades e os perigos da rua só são maravilhosos quando apenas sonhamos com eles.
O sofá só é desejado quando as costas doem de tantas horas na rua ou conhecendo outros lugares. Do mesmo modo, a rua e os outros lugares só são desejados quando estamos na tranquilidade de nosso sofá.
Em resumo, o homem não é capaz de se sentir feliz com aquilo que tem no momento. Ele deseja aquilo que não possui e passará a vida inteira nesse engano.
Artigo: Irmão Barbosa.
+ artigos, acesse: https://toleran.org
Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
Saiba + sobre o Tolerâncialismo: