O Homem é Escravo da Língua
Tudo que você falar em momentos de emoção, será usado contra você. O homem é escravo de sua língua. Quando, no calor do momento — na maioria das vezes influenciado por seus bons sentimentos —, faz promessas para as pessoas à sua volta.
Todos ao seu lado não hesitarão em lhe cobrar na primeira oportunidade, e, quando você precisar, lembre-se: todo bom cobrador é péssimo pagador.
Mantenha sua boca fechada e estará longe da maioria dos problemas de sua vida. Quando sentir aquela vontade de presentear, agradar ou mesmo retribuir a quem quer que mereça, não prometa nada. Quando tiver de fazer, simplesmente faça.
Quando prometemos algo para alguém, essa pessoa lembrará na primeira oportunidade. Se ela for muito educada, não te cobrará, mas nutrirá um sentimento ruim por você não ter cumprido.
A maioria das pessoas não tem freios na língua, e, na primeira oportunidade, vão lembrar você das promessas ditas. O sentimento de alegria ao prometer algo ou promover um bem a alguém é muito satisfatório na hora, mas pode ser totalmente desagradável com o passar do tempo se você não cumprir o que prometeu.
O homem jamais deve ser escravo da língua. Deve manter a boca fechada. Se quiser fazer algo, ele planeja, vai lá e faz — mas não fica refém da própria boca.
Todos saberão cobrar as promessas quando assim mais o necessitarem, ou mesmo por maldade lhe acusarão de não cumprir com sua palavra.
Homens e mulheres, quando conveniente a eles, não se importarão com seus sentimentos. São ótimos cobradores de promessas e, a maioria deles, péssimos pagadores daquilo que apalavraram.
Nossa língua deve ser regida pela racionalidade, nunca pela emoção.
Pense antes de abrir a boca, analise todos os pontos, entenda as vantagens e desvantagens de apalavrar algo, seja estratégico, tenha absoluta certeza de que aquilo não lhe fará falta.
Quem mais se prejudica em dar a palavra normalmente são pessoas dotadas de boa índole, e essas são presas fáceis diante de pessoas mal-intencionadas, que não terão o menor pudor em tirar algum tipo de vantagem.
Jamais faça promessas no calor da emoção, não seja escravo de tua própria língua. Seja regido pelo pensamento lógico. Abrir o coração é perigoso. Quem assim o faz estará sujeito a muitas decepções. Cale-se e haja com cautela, e tua língua nunca mais te colocará em situações desvantajosas.
Artigo: Irmão Barbosa.
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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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