Agradeça mais, peça menos
Porque somos tão ingratos, ao invés de agradecer por aquilo que temos, preferimos almejar aquilo que nos falta.
Um homem casado, ao invés de agradecer pelo seu casamento, pensa como seria bom se estivesse solteiro. Um homem solteiro se faz uma pergunta todos os dias: quando é que encontrarei a pessoa que preencherá esse vazio?
Uma criança olhando a vida adulta, deseja ser adulta. Ela não se dá conta de que um dia desejará ardentemente voltar ao estado que hoje despreza.
O adulto querendo voltar a ser criança, deseja se desvencilhar de tantos compromissos e obrigações que seu atual estágio o obriga a resolver todos os dias.
Um completo desconhecido, almeja ser um astro, dar autógrafos, ser uma celebridade admirada por todos. Ao passo que uma celebridade, que não pode ir a lugar algum sem ser incomodada, deseja o anonimato, sonha com uma vida tranquila e sem chateações.
O homem do interior, sonha em ir para o centro da cidade em busca de oportunidades e mudança de vida.
O grande empresário, saturado pela vida corrida da cidade, deseja ardentemente o sossego do interior e a tranquilidade do campo.
Um homem que não aguenta mais um segundo, sente que a rotina estressante do trabalho tem sido o seu cárcere. Do outro lado, um homem desempregado procura desesperadamente por uma oportunidade de trabalho para sustentar sua família.
Schopenhauer classificaria, como a ânsia de ter e o tédio de possuir.
Só sentimos falta daquilo, que não temos em determinado momento de nossa vida. Esquecemos de agradecer por todas as maravilhosas oportunidades que antes eram sonhos distantes, mas hoje habitam entre nós. Achamos que aquilo que era impossível e hoje faz parte do nosso convívio, de forma displicente batizamos como normalidade.
Artigo: Irmão Barbosa.
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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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