Depois que você terminar sua missão, alguns velhos baterão levemente nas suas costas e dirão que você fez um ótimo trabalho.
Mal sabem o quanto você se entregou para concluir a obra, os infernos que enfrentou calado e os sacrifícios feitos em prol da coletividade.
Aqueles que dizem “bom trabalho” não ouviram os gritos internos que você calou.
Algumas palmas soam como ecos vazios diante de tudo o que foi enfrentado; manifestações protocolares que, no fundo, revelam que nem eles ousariam passar pelo que você passou.
As cicatrizes são os verdadeiros troféus de quem persistiu; estarão à mostra mesmo que ninguém se importe com elas.
No fim da missão, a alma sabe o quanto custou chegar até ali, mas a plateia só quis o espetáculo — não lhes interessa o preço que você pagou.
A exaustão do corpo, o cansaço da mente e as críticas de quem não lutou a sua luta, mas tentou desmerecê-lo por maldade, são cicatrizes expostas no corpo, na mente e na alma.
Mesmo que, depois de tudo, o elogiem e falem, por obrigação, das suas obras, eles sequer sabem a única verdade que prevalecerá sobre todas as outras:
Os elogios são esquecidos. As cicatrizes de guerra, jamais.
Artigo: Irmão Barbosa.
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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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