A Filosofia da Libertação

Uma vez um jovem me perguntou: o que faria o Tolerancialismo ser diferente de todas as filosofias de vida que já existem por aí?

Eu disse a ele, meu jovem, não é nossa intenção querer provar nada a ninguém, tampouco mostrar qualquer tipo de superioridade frente às outras filosofias. Só acredito que existe uma coisa que temos que fazer de maneira muito diferente, que é: o Tolerancialismo não quer ser a única porta de entrada, ele sugere que você bata em várias portas, que busque a sua verdade particular e não a pseudo-verdade vendida nos quatro cantos da Terra.

Nessa vida, nas filosofias, religiões e em todo tipo de orientação, seja ela religiosa ou não, as pessoas querem que você siga alguém, que procure o seu caminho desde que siga pela estrada deles.

Isso é totalmente aquilo que queremos mudar. O ser humano não é propriedade particular de qualquer tipo de ideia. Todos somos livres para ir e vir para onde quisermos.

Da igreja para o terreiro, do terreiro para a igreja, da mesquita para a sinagoga, da sinagoga para a mesquita.

Nos reservamos ao direito de incentivar as pessoas simpatizantes de nossa filosofia de vida a procurarem seu caminho em várias outras escolas. Não queremos que nossos simpatizantes tenham qualquer tipo de compromisso conosco.

Queremos que as ideias sejam debatidas livremente. Essa talvez seja a única escola, ou uma das poucas, que reconhece que devemos procurar nosso caminho em várias outras portas e adentrar em várias outras casas.

Não existe nenhum interesse em controlar pessoas, em buscar dinheiro e poder através de congregados. Somos uma filosofia libertária, onde não existem templos de areia, ferro e cimento. Cada ser humano é um templo e seu próprio sacerdote.

Todos somos livres, podemos ter e montar o nosso próprio conjunto de crenças, misturar ideias de várias outras escolas — diferentes, parecidas ou iguais. Todos podem fazer exatamente aquilo que quiserem, desde que não prejudiquem seus irmãos terrenos.

Artigo: Irmão Barbosa.