O preço de ser forte
Homens e mulheres que aparentemente demonstram ser fortes, frequentemente estão mergulhados em sua própria quietude. Não revelam ao mundo ao seu redor seus medos, dificuldades e uma infinidade de problemas.
Quem observa de fora normalmente se admira, mas mal sabe o preço de ser forte. Custa caro, cobra o sono, a disposição — em resumo, cobra uma vida.
Muitas dessas pessoas passaram por inúmeras decepções, e aprenderam a dura lição: quanto mais as pessoas sabem de suas fraquezas, mais potenciais inimigos você terá contra si.
Alguém conhecedor de seus principais pontos fracos, mesmo sendo um amigo, é alguém potencialmente perigoso. Se o seu melhor amigo — aquele a quem você contou todas as coisas da sua vida — se tornasse seu inimigo, quantas armas ele teria contra você?
Partindo desse pensamento, muitas pessoas se encarceraram no âmago do próprio eu. Tornaram-se frias, de pouca conversa, analisam mais e falam menos. Não colocam mais nada para fora, simplesmente aguentam tudo caladas.
Essas pessoas se tornaram fortes, mas o preço a ser pago é muito alto. Imagine alcançar uma grande conquista e não ter com quem compartilhar. O mesmo acontece nos momentos de tristeza: você quer desabafar, mas sabe que não pode confiar em ninguém.
Quase ninguém se alegra com a felicidade do outro, mas há uma alternativa para o desabafo. A resposta, no entanto, é triste: contrate um psicólogo. Ele te ouvirá de forma imparcial — ou melhor dizendo, em alguns casos, essa imparcialidade sequer existe. Mesmo esse profissional pode estar influenciado por suas próprias crenças.
Conheço pessoas tão desgostosas com a humanidade, que preferem pagar para um psicólogo do que compartilhar suas coisas com o próprio grupo de amigos.
Essa é uma dura realidade: as pessoas quase sempre nos surpreendem — e, infelizmente, de forma negativa. Chegamos a uma conclusão: é mais seguro conversar com um psicólogo do que com seus próprios amigos.
Artigo: Irmão Barbosa
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Este Artigo faz parte do Livro de Toleran. O Livro do Tolerâncialismo.
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